O envelhecimento em perspectiva sapiencial:

um estudo de Eclesiastes 11,7–12,8

Autores

  • Carlos Andre da Cruz Leandro Universidade Católica de Salvador

DOI:

https://doi.org/10.46859/PUCRio.Acad.ReBiblica.2596-2922.2022v3n5p159

Palavras-chave:

Sofrimento, Juventude, Alegria, Tempo, Morte

Resumo

A velhice, enquanto derradeiro estágio da vida, carrega consigo as consequências do desgaste físico natural e as reflexões derivadas da experiência acumulada ao longo dos anos. Em consequência, o envelhecimento, caracterizado pela decadência da força e da beleza atribuídas aos anos da juventude, poderia suscitar no velho o estigma de uma existência descartável, particularmente aguçado num mundo regido pelo utilitarismo. Contudo, apesar das melhores condições de vida proporcionadas pelas sociedades atuais, um certo realismo preconizaria não romantizar os sofrimentos e limitações próprias do envelhecimento. Assim, numa perspectiva prática e existencial, a sabedoria do antigo oriente, assim como a sabedoria bíblica, traduz, poeticamente, as mudanças provocadas pela velhice, sugerindo lições de vida aos mais jovens. Um bom exemplo disto é o diálogo geracional encontrado no poema de Ecle 11,7–12-8, onde o velho sábio convida o jovem a aprender a saborear e aproveitar as ocasiões para desfrutar as alegrias da vida, antes que a velhice lhe diminua as forças e a morte lhe rompa o fio da existência.

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Publicado

2022-06-30

Edição

Seção

Artigos em temas diversos