http://revistarebiblica.teo.puc-rio.br/index.php/rebiblica/issue/feed Revista Brasileira de Interpretação Bíblica 2024-02-06T20:21:14+00:00 Chefe: Prof. Dr. Heitor Carlos Santos Utrini rebiblica@puc-rio.br Open Journal Systems <p>A<strong> Revista Brasileira de Interpretação Bíblica - <em>ReBiblica</em></strong> - nasceu de uma decisão conjunta dos professores-pesquisadores de Bíblia nos Programas de Estudos Pós-Graduados em Teologia e Ciências da Religião, afiliados à Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Teologia e Ciências da Religião (ANPTECRE).<br /><strong><br />Periodicidade semestral.</strong></p> http://revistarebiblica.teo.puc-rio.br/index.php/rebiblica/article/view/115 Ramón Ruiz, Eleuterio. El libro del Eclesiastés 2023-11-01T14:42:38+00:00 Cássio Murilo Dias da Silva cassiomu@gmail.com <p>Resenha do livro RAMÓN RUIZ, Eleuterio. El libro del Eclesiastés: Comentario y propuestas de lectura. Estella: Verbo Divino, 2023. Coleção: Estudios Biblicos.</p> 2024-02-06T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2023 Revista Brasileira de Interpretação Bíblica http://revistarebiblica.teo.puc-rio.br/index.php/rebiblica/article/view/124 Assessores Ad Hoc 2023-12-20T13:32:54+00:00 Renan Brito rlbrito@puc-rio.br 2024-02-06T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2023 Revista Brasileira de Interpretação Bíblica http://revistarebiblica.teo.puc-rio.br/index.php/rebiblica/article/view/107 Quem tem medo do método histórico-crítico? 2023-12-05T17:19:28+00:00 Cássio Murilo Dias da Silva cassiomu@gmail.com <p>Este artigo evita explicar o que é o método histórico-crítico, sua história, seus pressupostos e os vários passos metodológicos que ele comporta. Diferentemente, apresentará dois painéis. Primeiro, mais longo, traçará um esboço do processo de sua aceitação pela Igreja Católica, desde a <em>Providentissimus Deus</em>, de Leão XIII (1893) até o relativamente recente <em>Inspiração e Verdade da Sagrada Escritura</em>, da Pontifícia Comissão Bíblica (2014). Este primeiro painel mostrará que, não obstante o fato de o método histórico-crítico (no seu todo ou parcialmente) estar sempre presente nos documentos sobre a interpretação e o uso da Sagrada Escritura na Igreja Católica, ele continua a encontrar resistência para ser aceito e praticado sem medo. O segundo painel, mais breve, demonstrará que o <em>Catecismo da Igreja Católica</em> (1992) simplesmente não levou em conta o que os documentos da própria Igreja Católica afirma e deliberadamente se esqueceu do método histórico-crítico e, por fim, apresentará linhas possíveis para um diálogo entre a exegese do método histórico-crítico e a leitura bíblica latino-americana.</p> 2024-02-06T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2023 Revista Brasileira de Interpretação Bíblica http://revistarebiblica.teo.puc-rio.br/index.php/rebiblica/article/view/113 A Pragmalinguística 2023-10-25T13:25:10+00:00 Claudio Roberto Buss claudiorobertobuss@gmail.com <p>O presente artigo quer mostrar a utilidade de um percurso de uma abordagem bíblica recente, a Pragmalinguística. É uma abordagem sincrônica que continua a dar passos para a constituição de seus passos metodológicos. Herdeira dos pressupostos da Filosofia da Linguagem Ordinária de Oxford e enriquecida pela atual ciência linguística, a Linguística Textual, tem como escopo central a dimensão da comunicatividade ou interatividade entre texto e leitor. O leitor até recentemente transcurado pela exegese bíblica, agora se torna o centro de atenção do processo de análise exegético, pois a objetividade anteriormente preterida, possivelmente não tenha alcançado seu intento. O aspecto comunicativo de um texto torna-se não uma “cadáver a ser dissecado”, mas uma instância viva, onde o leitor é interpelado pelo próprio autor do texto a percorrer sua estratégia narrativa e assim assimilar não só informativamente, mas performaticamente os valores propostos. A riqueza da Linguística Textual, com a sua pesquisa sobre a textualidade e os fatores de coesão sintática e coerência semântica são fundamentais para a abordagem pragmalinguística. Além do que, promove uma abertura polissêmica do texto, regulado pelas instâncias linguísticas do texto, permitindo um maior diálogo entre exegese, teologia e pastoral.</p> 2024-02-06T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2023 Revista Brasileira de Interpretação Bíblica http://revistarebiblica.teo.puc-rio.br/index.php/rebiblica/article/view/100 Da Sacristia e da Secretaria à Academia 2023-11-28T12:25:59+00:00 Solange Maria Do Carmo carmosolange@gmail.com <p>Não é de hoje que as mulheres lutam por um lugar de reconhecimento na Teologia e na Igreja. Essa luta se torna visível no empreendimento feito por diversas teólogas, especialmente biblistas, para tornar conhecida a Teologia Bíblica Feminista. Nesse rol, destaca-se Elisabeth Shüsler Fiorenza, cuja hermenêutica crítico-feminista da libertação tem ganhado destaque na Academia. O documento da Pontifícia Comissão Bíblica, <em>A Interpretação da Bíblia na Igreja</em>, dentre os métodos e abordagens bíblicas, reconhece a <em>abordagem feminista</em> como possível e aconselhável. Reconhecimento mais que bem-vindo mas insuficiente segundo as reinvindicações das biblistas. Para comemorar os 30 anos de publicação desse documento, este artigo revisita diversas obras sobre o tema, especialmente as produções de Fiorenza, e faz um balanço entre o reconhecimento dado pelo documento e o caminho já percorrido até agora. O objetivo é apresentar um pouco da história da Teologia Bíblica Feminista e tornar o método mais conhecido, dando voz e vez às mulheres num campo ainda tão masculino, androcêntrico e patriarcal, o mundo dos estudos bíblicos.</p> 2024-02-06T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2023 Revista Brasileira de Interpretação Bíblica http://revistarebiblica.teo.puc-rio.br/index.php/rebiblica/article/view/112 A persistente leitura fundamentalista da Bíblia 2023-09-11T18:22:39+00:00 Carlos Andre da Cruz Leandro carlos.leandro@pro.ucsal.br <p class="western" align="justify"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">O fundamentalismo bíblico é um movimento que nasce no seio da comunidade protestante norte-americana, em reação às aquisições da ciência e ao ambiente cultural do século XIX. Dentre seus princípios, a inerrância bíblica e o conceito de inspiração verbal a ela associada são os que produzem maiores consequências para a leitura bíblica. Como resultado, a leitura fundamentalista da Bíblia se caracteriza por uma concepção da relação entre Deus e o autor sagrado, na qual há a garantia de ausência absoluta de erros. Porém, essa afirmação pode conter matizes que permitem perceber a tensão que ela provoca, de modo que o fundamentalismo atual pode representar uma reação à nova subjetividade pós-moderna. Neste sentido, não há razão para crer que as advertências do documento da Interpretação da Bíblia na Igreja seja uma defesa contra o fundamentalismo dos outros, pois estamos todos submetidos às mesmas condições culturais que favorecem a persistência do fundamentalismo no seio de nossas comunidades cristãs.</span></span></p> 2024-02-06T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2023 Revista Brasileira de Interpretação Bíblica http://revistarebiblica.teo.puc-rio.br/index.php/rebiblica/article/view/111 O sentido literal na interpretação das Escrituras segundo Santo Tomás de Aquino 2023-10-23T20:05:35+00:00 Carlos Frederico Gurgel Calvet da Silveira carlos.silveira@ucp.br Thiago Cabrera tprcabrera@gmail.com <p>O sentido literal como base da exegese bíblica medieval remonta a séculos anteriores a Tomás de Aquino. Ele é a base de outros três níveis de leitura bíblica que constituíam a tradição exegética medieval, a saber, o alegórico, o tropológico e o anagógico. Contudo, no século XIII, momento em que a teologia atinge seu estatuto de ciência, consoante o modelo aristotélico, é fundamental para Tomás repensar a exegese literal das Escrituras como fonte para o desenvolvimento da teologia. A partir do critério tomasiano de subalternância, as Escrituras, como a teologia em geral, são considerados saberes subalternados à ciência divina, enquanto a exegese bíblica, que procede por raciocínios prováveis, é subalternada à teologia, que procede por raciocínios demonstrativos. Por meio da investigação de textos de Tomás, sobretudo de seu comentário ao Livro de Jó, pode-se compreender que o sentido literal, que é o sentido histórico, ou da narrativa bíblica, não se constitui uma mera exposição da letra dos autores sagrados, mas implica uma leitura mais ampla, a ponto de se admitir que a metáfora e outros tropos, em seu primeiro significado, pertencem ao sentido literal. Por estas razões e outras razões conexas a <em>Expositio Super Iob ad Litteram</em> torna-se um modelo para o uso do sentido literal no período escolástico.</p> 2024-02-06T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2023 Revista Brasileira de Interpretação Bíblica http://revistarebiblica.teo.puc-rio.br/index.php/rebiblica/article/view/106 Exegese e teologia moral 2023-11-28T18:20:03+00:00 Wagner Augusto Moraes dos Santos wagner190989@gmail.com <p>Em 1993, o documento <em>A interpretação da Bíblia na Igreja</em>, apresentou um subtópico chamado <em>Exegese e teologia moral</em>. Neste item, a Pontifícia Comissão Bíblica dizia “muitas vezes os textos bíblicos não se preocupam em distinguir <em>preceitos morais universais</em>, <em>prescrições de pureza ritual</em> e <em>ordens jurídicas particulares</em>”. Diante desta constatação, cabe perguntar duas coisas: a divisão dos preceitos entre morais, rituais e jurídicos está teologicamente bem fundamentada? A partir da fundamentação é possível classificar a natureza dos preceitos? Para responder estas perguntas, dividir-se-á este artigo em três partes. As duas primeiras destinadas a apresentar uma fundamentação teológica da teologia das três leis e a última dedicada a apresentação de critérios hermenêuticas para distinguir os tipos de leis. A primeira seção se dedicará a tripartição das leis na Sagrada Escritura. A segunda parte se dedicará a entender como a Tradição cristã interpretava as leis veterotestamentárias depois do advento de Cristo. Por fim, a terceira parte apresentará 9 classificações distintas para as leis na Sagrada Escritura partir de um quadro composto por duas classificações triplas.</p> 2024-02-06T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2023 Revista Brasileira de Interpretação Bíblica http://revistarebiblica.teo.puc-rio.br/index.php/rebiblica/article/view/122 Apresentação 2023-12-20T13:30:38+00:00 Heitor Carlos Santos Utrini hcsutrini@puc-rio.br 2024-02-06T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2023 Revista Brasileira de Interpretação Bíblica http://revistarebiblica.teo.puc-rio.br/index.php/rebiblica/article/view/105 A lei sobre a franja e a sua função em Nm 15,37-41 2023-11-28T12:50:28+00:00 Marcela Torres marcelamvtorres@gmail.com Leonardo Agostini Fernandes laf2007@puc-rio.br <p> </p> <p style="font-weight: 400;">O livro de Números parece não ter sido objeto do interesse dos exegetas e teólogos. O baixo índice de comentários e artigos atesta tal percepção. Contudo, nos últimos trinta anos essa tendência vem mudando. Mesmo assim, os artigos ainda são escassos e, com frequência, concentrados em perícopes específicas, como é o caso de Nm 6,22-27. Dentro dessa perspectiva, o presente estudo quer oferecer uma contribuição. A análise de Nm 15,37-41, centrada na lei da franja instituída por YHWH e na sua tríplice função, está desenvolvida em cinco partes: Introdução, (1) Tradução e notas de crítica textual, (2) Delimitação, estrutura e gênero literário, (3) Comentário e Conclusão. Abordagens diacrônicas e sincrônicas foram aplicadas ao texto, a fim de alcançar melhores resultados, dentre os quais se destaca o papel de Nm 15,37-41 na dinâmica contextual tanto do livro de Números como da Torá. Fica em evidência que a obediência a YHWH e aos seus mandamentos, pelo uso do fio azul-violeta na orla das suas vestes, permite a conjugação dos sentidos e da razão, gerando o critério de distinção dos filhos de Israel dos demais povos.</p> 2024-02-06T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2023 Revista Brasileira de Interpretação Bíblica http://revistarebiblica.teo.puc-rio.br/index.php/rebiblica/article/view/99 Ázimos como ecoteologia exodal 2023-09-26T12:13:53+00:00 Matthias Grenzer mgrenzer@pucsp.br Dêvisson Luan Oliveira Dias devissonluandias@gmail.com <p>As tradições exodais pertencentes à Bíblia Hebraica, com os seus diversos olhares para a natureza, favorecem uma reflexão ecoteológica e/ou uma ecoespiritualidade, instigando, em seus ouvintes-leitores e suas ouvintes-leitoras, uma maior consciência ambiental. Ora de forma poético-narrativa, ora de modo jurídico, elas insistem em compreensões e comportamentos que visam tanto ao reconhecimento da natureza como palavra de Deus quanto à preservação de flora e fauna. Diante desse horizonte, reconhece-se também que alimentos, além de acompanharem o ser humano durante toda a sua vida, vinculam-no à natureza. Nesse sentido, como parte das tradições exodais, os “ázimos” são um importante símbolo. Por isso, prevê-se nesta pesquisa uma investigação multidisciplinar desse alimento em questão, procurando por sua materialidade e representatividade. Com isso, ganharão visibilidade as dimensões ecoteológicas dos pães ázimos e/ou a proposta de ecoespiritualidade libertadora que lhes é inerente. A pesquisa aqui proposta se insere no âmbito da hermenêutica ecológica, ou seja, da leitura verde dos textos bíblicos. Essa temática, trinta anos atrás, no momento da publicação do documento eclesial “A interpretação da Bíblia da Igreja”, ainda não tinha ganhado maior visibilidade. Hoje, porém, cabe-lhe urgência.</p> 2024-02-06T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2023 Revista Brasileira de Interpretação Bíblica http://revistarebiblica.teo.puc-rio.br/index.php/rebiblica/article/view/101 O rosto de Deus na Epístola de Jeremias 2023-11-07T13:24:30+00:00 Armando Rafael Castro Acquaroli armando@facasc.edu.br <p>A Epístola de Jeremias (Br 6) contém uma crítica à idolatria, típica da mentalidade hebraica. Os deuses são ironizados pela sua inércia e incapacidade de agir para auxiliar quem os invoca. Neste artigo, o objetivo é partir do que os deuses não possuem e tentar evidenciar as características do Deus de Israel. Essa é a chamada teologia negativa. Assim, pode-se esboçar uma espécie de “credo” contendo o que é característico de Israel e de seu Deus. O Deus do povo se revela com um nome, “Senhor” e a teologia que lhe está ligada é a do Êxodo, do Deus que liberta o seu povo da escravidão e o conduz à terra prometida. Diante d’Ele todos se prostram, desde os primeiros e mais importantes soberanos até os últimos da terra. Seu domínio se estende do céu à terra, dado que Deus regula os ciclos dos quais a humanidade depende para sobreviver e estabelece governantes que agem por mandato divino.</p> 2024-02-06T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2023 Revista Brasileira de Interpretação Bíblica http://revistarebiblica.teo.puc-rio.br/index.php/rebiblica/article/view/108 Aportes de crítica textual em Nm 13–14 e Nm 16 2023-11-28T12:59:28+00:00 Fabrizio Zandonadi Catenassi fabriziocatenassi@gmail.com Vicente Artuso vicenteartuso@gmail.com <h3>A crítica textual, como parte da exegese científica, contribui para a compreensão da composição do texto hebraico, sua tradição textual, em vista de chegar o mais próximo do original. O objetivo deste artigo é realizar uma investigação crítica de Nm 13–14 e Nm 16, com base nas variantes do texto e propostas significativas para a sua tradução e compreensão. O Pentateuco Samaritano a Septuaginta, como também os manuscritos de Qumram são documentos mais antigos que o texto massorético, dentre outros citados no aparato crítico da Bíblia Hebraica Stuttgartensia. Resulta desse estudo que algumas inserções samaritanas (seguidas de perto pela Siro-Héxapla) têm incidências estruturais e teológicas, que denotam a fluidez do texto de Nm 13–14 e o desenvolvimento das tradições textuais em um período que se estende a partir do séc. III a.C. A Septuaginta em seus complementos em Números, segue uma tradição textual, a mesma usada em Qumram. Observa-se que a Septuaginta tende a tornar o texto massorético mais coerente e eliminar algumas dificuldades.</h3> 2024-02-06T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2023 Revista Brasileira de Interpretação Bíblica http://revistarebiblica.teo.puc-rio.br/index.php/rebiblica/article/view/123 Editorial 2023-12-20T13:31:38+00:00 Fábio Siqueira padresiqueira@gmail.com <p>O dossiê deste número de <em>ReBiblica </em>é dedicado à celebração dos 30 anos do documento “A Interpretação da Bíblia na Igreja”, publicado em 15 de abril de 1993 pela Pontifícia Comissão Bíblica. Como destacou Sua Santidade, o Papa São João Paulo II, de saudosa memória, em seu discurso dirigido aos membros da Pontifícia Comissão Bíblica, à época presidida pelo Cardeal Joseph Ratzinger, futuro Papa Bento XVI, o documento foi completado e apresentado à Igreja numa época muito oportuna, justamente quando se celebrava os cem anos da Encíclica <em>Providentissimus Deus</em>, do Papa Leão XIII, e os 50 anos da Encíclica <em>Divino </em><em>Afflante Spiritu</em>, do Papa Pio XII, ambas dedicadas ao tema do estudo das Sagradas Escrituras.</p> 2024-02-06T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2023 Revista Brasileira de Interpretação Bíblica