https://revistarebiblica.teo.puc-rio.br/index.php/rebiblica/issue/feedRevista Brasileira de Interpretação Bíblica2024-10-30T17:59:04+00:00Editor-Chefe: Prof. Dr. Heitor Carlos Santos Utrinirebiblica@puc-rio.brOpen Journal Systems<p>A<strong> Revista Brasileira de Interpretação Bíblica - <em>ReBiblica</em></strong> - nasceu de uma decisão conjunta dos professores-pesquisadores de Bíblia nos Programas de Estudos Pós-Graduados em Teologia e Ciências da Religião, afiliados à Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Teologia e Ciências da Religião (ANPTECRE).<br /><strong><br />Periodicidade semestral.</strong></p>https://revistarebiblica.teo.puc-rio.br/index.php/rebiblica/article/view/134A A autoridade do “Chifre Exaltado” no Sl 1482024-06-13T13:56:38+00:00Pedro da Silva Moraisdasilvamoraispedro@gmail.comRenato Gonçalves da Silvarenatojuridico@yahoo.com.br<p>Qual seria a razão do autor sagrado ao sublinhar a realidade do “chifre exaltado” no final do Salmo 148? A resposta para esta pergunta propiciará uma compreensão mais profunda a respeito desta oração que vincula os seres celestiais, terrestres e subterrâneos, imersos em uma liturgia cósmica que visa adorar o Criador em um intenso e harmônico hino de louvor, no qual ninguém e nada é dispensado desta exaltação. Em sua extraordinária estrutura, o hino revela uma admirável visão de Deus e do mundo pertencente ao orante, que não sabe ver a existência em três realidades estanques, indiferentes e/ou rivais entre si. O presente artigo, ao estudar a imagem do “chifre exaltado”, por meio dos conhecimentos bíblicos e arqueológicos, terá como finalidade evidenciar, a verdade que jamais poderá se tornar um clichê, aquela que declara o quanto toda a criação está interligada visceralmente. Porquanto, desrespeitar tal axioma é produzir um mundo doente, cheio de pessoas fragmentadas em seus caráteres, vitimadas por síndromes tripolares.</p>2024-10-01T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Brasileira de Interpretação Bíblicahttps://revistarebiblica.teo.puc-rio.br/index.php/rebiblica/article/view/143Elite e poder no último discurso de Jó (Jó 29-31)2024-10-22T12:40:56+00:00Lucas Merlo Nascimentomerlo.lucas@hotmail.com<p>O poema de Jó 29 a 31 configura-se literariamente como último discurso do personagem Jó. Neste discurso-poema em primeira pessoa, o personagem Jó descreve-se em relação a Deus e aos socialmente fragilizados: alguém sobre quem está a benção divina e que possui respeitabilidade jurídica ao portão da cidade, que age em benefício dos desfavorecidos como extensão da ação divina. À medida que seu status social se inverte, descreve sua relação com Deus e com a sociedade de forma distinta. O artigo analisa a construção retórica e poética das relações de poder entre Jó (elite), Deus e os socialmente fragilizados de modo a legitimar a posição social da elite. Parte-se da caracterização da elite, de uma possível localização histórico-social do texto e do apontamento de como percepções elitistas e relações de poder podem ser vistas no poema. Por fim, demonstra-se a retórica da legitimação da elite em três dimensões: religiosa, ao outorgar a benção divina à ação do personagem Jó; social, em que a estabilidade e coesão social depende do reconhecimento das funções; e moral, em que determinadas ações são descritas como virtude da elite.</p>2024-11-04T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Brasileira de Interpretação Bíblicahttps://revistarebiblica.teo.puc-rio.br/index.php/rebiblica/article/view/147A autoridade da pregação do Cristo Crucificado em 1Cor 1,18-252024-09-17T18:49:20+00:00Waldecir Gonzagawaldecir@hotmail.comMarcelo Lessamslessa@gmail.com<p>O tema da cruz de Cristo, ou do Crucificado, ainda se mostra de trato delicado entre os cristãos em geral. Há aqueles que preferem pautar sua cristologia sobre o aspecto triunfalista, ou seja, no Cristo ressuscitado; mas há outros que depositam sua reflexão sob a ótica da estaurologia, isto é, a partir da Cruz. É sobre esta última perspectiva que este estudo se debruça. Tem como escopo fazer uma reflexão teológica, fundamentada na Sagrada Escritura, a partir da cruz de Cristo e sob a perspectiva da autoridade que esta confere à pregação cristã. Como primeiro passo do trabalho, faz-se uma análise exegética de 1Cor 1,18-25, oferecendo texto grego e tradução, usando algumas etapas do Método Histórico-Crítico, para que, ao aproximar-se do texto bíblico, se consiga identificar os elementos que enriqueçam a reflexão bíblico-teológica. A seguir, a partir da exegese realizada, oferece-se uma trajetória da presença do tema da cruz desde a Igreja nascente até os dias atuais. Sob uma abordagem através da história dos efeitos do texto, analisa-se a cruz de Cristo, apresentando-a como marca eclesial através da história, como também o Crucificado como aquele que confere autoridade ao anúncio da Igreja. Reflete-se ainda a respeito da ação pastoral da Igreja a partir da mensagem do Cristo Crucificado, escândalo e loucura para alguns, mas que, na verdade, é salvação para a humanidade.</p>2024-10-09T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Brasileira de Interpretação Bíblicahttps://revistarebiblica.teo.puc-rio.br/index.php/rebiblica/article/view/141A autoridade do Apóstolo André no Quarto Evangelho2024-09-17T18:26:11+00:00Osmar Debatinpeosmar@gmail.com<p>O artigo visa aprofundar, através da análise narrativa, a autoridade do apóstolo André no Quarto Evangelho, sendo articulado em três pontos, onde no primeiro, destaca-se a presença deste apóstolo nos Evangelhos Sinóticos, mostrando que encontramos André inserido no grupo simbólico dos Doze no segundo lugar na lista de Mateus (Mt 10, 2-4) e de Lucas (Lc 6, 14-16) e na quarta posição em Marcos (Mc 3, 16-18) e nos Atos dos Apóstolos (At 1, 13-14), mostrando assim, um sinal particular da autoridade que ele tinha junto à comunidade primitiva. No segundo e terceiro ponto, destaca-se a presença de André no Quarto Evangelho, onde ele é recordado: no início, no episódio de sua separação do Batista e no começo do seu seguimento a Jesus; no centro, pelo milagre da multiplicação dos pães e peixes, seguido do abandono de alguns discípulos e a confirmação no seguimento do grupo dos Doze, que permanecem (Jo 6, 67-71) e, no final, quando os Doze, estão envolvidos nos últimos momentos dramáticos da etapa final da missão salvadora de Jesus. Assim, André confirma sua autoridade no Quarto Evangelho, sendo o “primeiro a ser chamado”, o primeiro que confessou o Messias e o primeiro também a glorificar o Senhor.</p>2024-10-09T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Brasileira de Interpretação Bíblicahttps://revistarebiblica.teo.puc-rio.br/index.php/rebiblica/article/view/144Autoridade e [i]legitimidade do poder na narrativa exodal2024-10-30T17:47:22+00:00Petterson Breypettersonbrey@gmail.comRodrigo Serveliserveli@outlook.com<p>Propõe-se um ensaio acerca da questão da autoridade e [i]legitimidade do poder na narrativa exodal, por meio de uma abordagem literário-teológica ajustada pela <em>análise narrativa</em>. Há de se investigar, no âmbito do <em>mundo narrado</em> na primeira parte do livro do Êxodo, o antagonismo entre YHWH e Faraó, tendo como mediação a perspectiva filosófico-conceitual de Arendt. Tal enfoque baseia-se no texto “que é autoridade?”, no qual concebe-se a autoridade como uma forma de poder fundamentada na aceitação e reconhecimento de uma hierarquia ou tradição, sendo obedecida sem necessidade de coerção ou persuasão, mas pelo reconhecimento da legitimidade moral do caráter de quem exerce a soberania. Assim, propõe-se analisar, com base no conceito tripartite de Arendt sobre poder, força e autoridade, as acepções filosóficas do antagonismo teológico entre YHWH e o faraó egípcio. Destarte, há de se demonstrar que o legislador-protagonista, em Ex 19,4-6, estabelece um contraste entre o caráter de YHWH e de Faraó como fundamento retórico da <em>aliança</em>. Esse contraste atesta a legitimidade do poder do SENHOR frente ao sistema opressivo do Egito. Conclui-se, então, que as ações de justiça ou injustiça dos soberanos determinam a legitimidade ou ilegitimidade do poder exercido por eles, fundamentando assim sua própria autoridade.</p>2024-11-08T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Brasileira de Interpretação Bíblicahttps://revistarebiblica.teo.puc-rio.br/index.php/rebiblica/article/view/149Moisés e Aarão como mediadores no enredo da crise de Cades (Números 13–14)2024-10-09T10:31:14+00:00Fabrizio Zandonadi Catenassifabriziocatenassi@gmail.com<p>O objetivo deste artigo foi analisar a estrutura e o enredo da crise de Cades (Números 13–14) a partir da análise narrativa, discutindo as repetições do texto com base na teoria literária. A perícope foi analisada como integrante de uma sequência literária de conflitos no deserto (Números 11,1–21,9). A proposta de sua estrutura partiu das cenas-tipo das campanhas de herança e dos relatos de conflito pós-Sinai, bem como da consideração das cenas a partir de um paralelismo quiástico. A análise do enredo revelou um modelo construído como uma complexa unidade ao redor da obediência e desobediência a Yhwh, mesmo sendo uma perícope compósita, legitimando as instâncias de mediação junto ao povo: Moisés e Aarão. A análise da repetição presente no duplo discurso de veredicto revela que a repetição ilustra a arte, sofisticação, e serve como fundamento para a unidade de um relato analisado à luz da teoria literária.</p> <p> </p>2024-10-29T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Brasileira de Interpretação Bíblicahttps://revistarebiblica.teo.puc-rio.br/index.php/rebiblica/article/view/142Uma análise da expressão “Reino de Deus” de Mateus 6,332024-08-30T13:43:21+00:00Éder Wilton Gustavo Felix Caladoeder.calado@ftsa.edu.brRosemeri Passos Baltazar Machado rosemeri@uel.br<p>A Análise do Discurso pode ser utilizada como base teórica para análise do texto bíblico com eficiência e trazendo resultados diferentes dos encontrados nos comentários bíblicos tradicionais, principalmente porque o seu ferramental leva à análise de conceitos como: ideologia, formação ideológica (FI) e formações discursivas (FDs) e seus correlatos, os quais são observados com base nas condições de produção (CPs) do discurso. Com base nesta teoria, este artigo se propõe a analisar expressão “reino de Deus” de Mateus 6,33. Para isso, é exposto o dispositivo analítico utilizado na análise antes de sua realização no tópico final, a qual revela o interdiscurso com o sistema imperialista romano, sendo este o que permite o efeito de sentido da expressão para o contexto e para hoje. Essa expressão é a afirmação de que o “reino de Deus” é maior e mais justo do que o romano, além disso, este reino é do verdadeiro rei, Jesus. Este trabalho tem o intuito de analisar esses efeitos de sentidos e observar a constituição discursiva deste discurso.</p>2024-10-10T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Brasileira de Interpretação Bíblicahttps://revistarebiblica.teo.puc-rio.br/index.php/rebiblica/article/view/146Aspectos textuais e narrativos em Nm 132024-10-30T17:59:04+00:00Leonardo Agostini Fernandeslaf2007@puc-rio.br<p>No livro de Números foram combinadas tradições diferentes, mas o seu tema central está fundamentado em Nm 13,1–14,45: a) A morte dos filhos de Israel, que fizeram a experiência do êxodo do Egito e da aliança do Sinai; b) A posse de Canaã pela nova geração, isto é, dos que estavam abaixo de vinte anos ou que nasceram no deserto. Moisés, antes de morrer e de ser sucedido por Josué (Dt 34), renovou a aliança com o “novo Israel” (Dt 28,69–30,20), a fim de que essa geração, forjada no deserto, tivesse o conhecimento necessário e capaz de determinar o seu comportamento condizente com a vontade de YHWH em Canaã. Com base nessa percepção, o presente artigo, articulado em seis tópicos, ocupa-se de Nm 13 e, fazendo uso de abordagens diacrônicas e sincrônicas, pretende elucidar singularidades e intercessões desse capítulo com outras partes do livro de Números, bem como, sob certos aspectos, com os demais livros da Tôrâ. Espera-se, além disso, oferecer uma contribuição para o avanço das pesquisas exegético-teológicas sobre o tema do dom/conquista da terra de Canaã, favorecendo, um pouco mais, o interesse pela leitura e estudo do livro de Números.</p>2024-11-04T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Brasileira de Interpretação Bíblica