A noção de intencionalidade em Hirsch e o conceito de sentido em Pêcheux

dois horizontes na interpretação e novas possibilidades de leitura do texto bíblico

Autores/as

  • Adriano da Silva Carvalho Instituto Brasileiro de Educação Integrada-IBEI

DOI:

https://doi.org/10.46859/PUCRio.Acad.ReBiblica.2596-2922.2022v3n6p325

Palabras clave:

Autonomia semântica, Intencionalismo, Linguagem

Resumen

Os estudos linguísticos de perspectiva discursiva enfatizam o conceito de autonomia semântica e negam a noção realista da linguagem. Eles defendem que o conhecimento do sentido social e os efeitos da linguagem são importantes para se entender um texto. Para Michel Pêcheux em um discurso o significado das palavras pode ser explicado pela inter-relação entre palavras, mais especificamente, pelas palavras que não foram ditas. O sentido é pensado como simbólico, nem fixo, nem exato. Por outro lado Eric Donald Hirsch argumentou que o texto significa o que seu autor quis dizer, e, portanto, o objetivo do leitor é recuperar o significado pretendido pelo autor. Somente a intenção autoral pode validar uma interpretação. Desses dois pontos de vista em divergência emergiram algumas questões como, por exemplo, é a linguagem um meio neutro de refletir o mundo? É possível um significado por consenso público? O significado textual é um assunto de consciência ou de palavras? E, mais, pode o leitor se beneficiar de uma perspectiva interpretativa que vai além da fronteira gramatical? São essas questões que este trabalho pretende explorar.

Publicado

2022-12-29