A função dos “ossos de José”:
análise de Gn 50,25; Ex 13,19; Js 24,32
DOI:
https://doi.org/10.46859/PUCRio.Acad.ReBiblica.2596-2922.2022v3n5p68Palabras clave:
Livro de Josué, José, Moisés, Ossos, ProfeciaResumen
Js 24,32 atesta o repouso definitivo dos ossos de José que foram transladados do Egito por Moisés (Ex 13,19), cumprindo a ordem que fora dada pelo filho primogênito de Jacó com Raquel antes de morrer (Gn 50,25). A dinâmica subjacente a esse percurso tange duas questões. Na primeira, encontra-se a proibição de se tocar em um morto ou em ossadas (Nm 19,11-16; Lv 21,1-4). Na segunda, encontram-se as diferenças de interpretação segundo a corrente Sacerdotal (Nm 20,12-13; 27,12-14 + Dt 32,48-52) e a corrente Deuteronomista (Dt 1,37-38; 3,23-29), no que diz respeito à “punição” sobre Moisés, visto que YHWH não lhe permitiu entrar na terra de Canaã. Diante desses impasses, o presente artigo analisa os textos que se referem aos ossos de José e reflete sobre essas questões, a fim de propor uma hipótese alternativa para a não entrada de Moisés em Canaã, justificando as razões para atribuir tal feito a “José”, através do seu descendente, Josué, filho de Nun da tribo de Efraim. No presente artigo, articulado com introdução, três partes e considerações finais, foram adotadas abordagens diacrônicas e sincrônicas.