Circuncisão, Lei e promessa de vida
DOI:
https://doi.org/10.46859/PUCRio.Acad.ReBiblica.2596-2922.2021v2n3p65Palavras-chave:
Paulo, Aliança, Abraão, SarahResumo
Na carta aos Gálatas, Paulo declara-se contrário à circuncisão dos cristãos de origem não judaica por considerar que isso tornaria vã a cruz de Cristo. Para ele, as obras da Lei não podem justificar o homem, justamente porque elas são obras humanas sem relação com a promessa que exige a adesão da fé. Os argumentos de Paulo fazem uso das Escrituras, chegando a propor uma alegoria dos dois filhos de Abraão: aquele nascido de Hagar, a escrava, representa a lei do Sinai; aquele nascido de Sarah, a livre, representa os filhos da promessa. Contudo, a alegoria de Paulo encontra uma dificuldade, pois a circuncisão foi justamente o que permitiu a renovação da promessa e a consequente fecundidade do casal Abraão e Sarah. Deste modo, o aprofundamento do significado do sinal da circuncisão para a aliança a partir do relato de Gn 17 permite estabelecer a justa relação que ela possui com a promessa à Abraão.