A fidelidade à Torá como garantia da posse da terra:

uma releitura nomista de Josué em contexto pós-exílico

Autores

  • Márcia Eloi Rodrigues Instituto Religioso Nova Jerusalém

DOI:

https://doi.org/10.46859/PUCRio.Acad.ReBiblica.2596-2922.2022v3n5p31

Palavras-chave:

Livro de Josué, Deuteronomista, Lei, Fidelidade, Terra

Resumo

O presenta artigo propõe-se a discorrer sobre a hipótese de que o livro de Josué, em uma releitura pós-exílica, modifica a perspectiva triunfalista da conquista da terra para uma leitura “nomista”, que acentua a observância da Lei de Moisés como condição de êxito da conquista. Apresentamos, então, no tópico 1, o tema do livro de Josué: a terra doada por Deus em sinal de sua fidelidade às promessas feitas aos antepassados; terra doada, mas conquistada pelo povo sob a liderança de Josué. No entanto, essa “conquista” da terra é relativizada no interior do próprio livro a partir de acréscimos de redator pós-exílico que transformou o guerreiro Josué em rabino respeitoso da Torá. Essa é, pois, a temática desenvolvida no tópico 2, que discorre sobre a hipótese de uma releitura “nomista” do livro de Josué proposta pela escola de Göttingen (Smend). A partir dessa chave de leitura, no tópico 3, analisa-se os dois textos, Js 1,1-9 e Js 23,1-16 a fim de corroborar a tese apresentada por Smend. Constata-se, então, que a perspectiva delineada nesses dois discursos, uma vez postos no início e no final do livro de Josué, orienta a leitura deste livro na ótica da fidelidade à aliança, mediante o cumprimento da Lei de Moisés.

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Publicado

2022-06-30

Edição

Seção

Artigos de Dossiê